sexta-feira, julho 11, 2008

Cada um na sua vida...

Durante x tempo pensei que conhecia determinadas pessoas, acabei por descobrir que não... Desesperei e encontrei, mais tarde, o carinho, a compreensão e a aceitação num conjunto de indivíduos a que ainda hoje chamo de amigos... Mais tarde a vida obrigou-nos a procurar um pouco mais de segurança, noutros lugares... Não que o afastamento tenha afastado todas aquelas individualidades indiscutivelmente diferentes do meu ciclo, apenas as afastou ao ponto de não as poder ver como antes... Agora os encontros são quase fortuitos e entre meia dúzia de palavras trocadas percebemos que a cumplicidade está toda ali, só não existe tempo para que o coração acalme a solidão de não os ver... Entretanto, deslocados surgem outras personalidades, há esperanças que se estreitem laços, esperanças que morrem rapidamente... os grupos impedem-nos de fazer aproximações, e pior, evitam-nos... Os outros vêm-nos como um possível ganho e na realidade nunca nos aceitariam... noutras condições (se não existisse a tal deslocação)... A solidão invade-nos, desesperamos, desesperei... desisti. Agora passo o tempo a conviver com uma realidade que nunca imaginei. Não estou satisfeita mas estou resignada. Resignada não no sentido de me contentar com o que tenho, resignada no sentido de que não vou esperar que as coisas mudem... embora com esperança que tal aconteça...
Não há dúvidas que a nossa vida, por vezes, nos afasta das vivências mais importantes para que possamos sobreviver.... O que não nos mata, torna-nos mais fortes!!! Mas haverá assim tanta necessidade de que assim seja???

quarta-feira, julho 09, 2008

Realmente há muito que não escrevia nada por aqui... Impossível fazer tudo o que gosto e a inspiração tem andado por outros reinados... Passei por estes lados mas não me ocorre dizer nada... Tenho estado em pura contemplação do meu mundo e da minha vida, visitado as vidas de quem me rodeia, mas sempre à distância garantindo uma observação objectiva, livre de pensamentos mundanos (ou talvez não!)...

Analiso o que vai acontecendo à minha volta, as mutações são muitas... Fico-me agarrada ao que tenho, não quero interferir... Fico a ver se vale a pena intrometer-me mas acabo por me retrair ao pensar que talvez não valha a pena o esforço... As sugestões dos outros guardo, aplico quando achar e se achar que podem ser úteis. Dei importância a mim mesma... Sem interferências exteriores... A minha vida a mim diz respeito... Fiz o mesmo aos meus vizinhos de coração! Quem quiser que apareça, onde e quando puder, se quiser! Estou em paz e já não tenho muito a perder... Gostava era de ganhar mais... mas isso é outra conversa (e não estou a falar de dinheiro, se bem que esse também me faz muita falta...)...

Assim, no fim do meu dia de exaustão, deito-me tranquila, consciente de que não poderia ter feito mais, que não poderia ter visto mais ninguém, que fiz tudo o possível e no dia seguinte retomarei as minhas tarefas... Os olhos fecham-se e adormeço sem pensar muito... Não estou satisfeita, mas estou calma... Um dia as coisas mudam, e eu também!