sexta-feira, outubro 12, 2007

Cobaias?

Sem saber bem como existimos! Sem reparar crescemos e à nossa volta o mundo acontece! Começamos por desejar crescer rápido. Queremos tudo para ontem... Sonhámos, desejámos... atingimos objectivos, concretizámos desejos... Conhecemos pessoas, algumas deixámos de conhecer... Outras, mesmo não as vendo, sabemos que estão por aí... como nós, a pensar...
Na minha vida fui procurando alcançar vitórias... algumas já são visíveis... Outras ainda luto para atingir... Mas se não fosse assim não valorizaria tanto o que já alcancei... Agora tenho uma família só minha. Posso fazer dela cobaia para testar as minahs teorias de amor, confiança... Não é assim que funciona? Não me interpretem mal, não são cobaias por os desprezar, pelo contrário, são cobaias por me darem oportunidade de ser eu própria e de mostrar o que é difícil de ver. Não temos só momentos bons, e nas alturas más há que compreender, aceitar, perdoar! Não é assim? Ser uma família é partilhar tudo. Eu amo a minha e só desejo o melhor!

sexta-feira, julho 13, 2007

Onde estou?!

Olho à minha volta e descubro que os meus desejos se vão concretizando pouco a pouco... Apesar de tudo não estou satisfeita... Não me estou a queixar.... Ou melhor, até estou... Descobri que, embora fale pelos cotovelos, perdi a capacidade de me fazer compreender... Parece que já não sou capaz de exprimir-me.... As palavras não saem... E as dicas não chegam para que me entendam... Tenho estudado a minha vida.... Percebo que talvez tenha errado algures (ainda não descobri bem onde!)... Ao fim deste tempo todo era natural sentir a presença de algumas pessoas à minha volta... Para minha infelicidade apercebo-me que não está lá ninguém... Os amigos que fiz, que tanto prezo, estão longe de mim... Desconhecem o que se passa comigo por não me verem... Os outros, parecem-me não existir... ou melhor, parecem pouco existir.... Não gosto de sentir isto desta forma... Quero mudar esta realidade... Não sei como... Espero recuperar as minhas capacidades e ser capaz de, mais uma vez, criar laços especiais, sentir-me bem para impor a minha presença, ser capaz de, abertamente, informar acerca do que penso, do que sinto... Estarei a ser idiota? Será este sentimento apenas uma consequência destes meses de reclusão? Sinto-me perdida... Mas também não sei quem quero que me encontre... Queria acordar um dia e perceber que à minha volta estão os amigos de sempre, com o à-vontade de sempre... com os sorrisos de sempre... Detesto surpresas, já tinha dito? Mas ainda detesto mais o desconhecido, a incerteza... a interrogação! Quero-me de volta! Segura, confiante, capaz... Onde me encontro?...

Dúvidas

Como estás? Estou bem, acho... não tenho certeza... A solidão afecta-me... afecta-me mais não saber porque chora a minha filha... desespera-me não ser capaz de descobrir o que tem... Talvez seja suposto que os bebés chorem e nem sempre a gente consiga calá-los... Mas isso não é estranho?... Mil recomendações... ais-lhe pegar ao colo cada vez que chora? Estarás a criar vícios... Depois será pior... Como é que um ser tão pequenino, tão frágil, pode tornar-se tão rude? Tenho dificuldades em acreditar... A experiência dos outros não é a minha... E mimo, e amor, nunca são demais... Apresar deste impulso o medo é maior... Como dazer se os vícios vencerem? Como lidar com isso no fim? Depois não haverá volta... Nada a fazer... Tantas dúvidas e incertezas... A cabeça doi de não dormir o suficiente... Dizem-nos descansa e dorme enquanto ela dorme... Mas e quando pudemos fazer aquelas coisas que gostamos? Bem, prefiro não dormir mas sei que eventualmente o cansaço toma conta de mim...

domingo, maio 27, 2007

MUDANÇAS RADICAIS

Após um tempo em que os dias e as noites me pareciam passar demasiado rápido... Após uma altura em que o corpo pesava demais e o espírito praticamente estava apagado, eis-me aqui de volta... A minha vida mudou drasticamente... Como já tinha constatado, cada vez o tempo de sobra é menor... Agora tenho mais um elemento no agregado familiar, uma fedelha pequenina que me enche os olhos e o coração... Claro que é o "cabo dos trabalhos...!!" Come a cada 3 horas, mas demora um tempo para terminar a refeição... Exige ter o rabo limpo em cada um destes intervalos... E não quer estar sozinha.... Quer brincadeira a toda a hora em que está acordada.... E cada dia que passa está mais tempo acordada... Não me queixo! Desejei-a muito! Custa-me passar os dias sem poder fazer as coisas que sempre fiz... custa-me não conseguir passar por cá, actualizar o meu cérebro, custa-me ter tão poucas horas de sono e não mais poder dormir até ao meio dia.... Mas não me arrependo! Pelo contrário... Há momentos difíceis, quase de desespero, mas sei que vamos sobreviver a esta etapa mais complicada e aos poucos vamos conquistando alguma independência... Mais tarde vou queixar-me do excesso de independência mas acho que é mesmo normal o ser humano viver sempre em insatisfação... Não há perfeição possível... embora também eu a deseje todos os dias com tal intensidade que dói... Mas estamos talhados para sermos imperfeitos e só assim seremos completamente felizes... Ai vida... Quantas voltas... Ai tempo... Porque não cresces? Onde estás Einstein? Porque não conseguiste encontrar as time gaps? Talvez seja para ser assim mesmo, para que possamos dar valor a cada instante da nossa vida, a cada pequena coisa que vivemos... Para que possamos sentir que todos os momentos são mágicos... No meio do cansaço, do quase desespero... Naquelas alturas em que estamos no limiar da loucura... sabemos que somos felizes! Amo-te filha!

quinta-feira, março 22, 2007

VIDA A DOIS TODOS OS DIAS

É verdade que tens estado aí... Se eu falo, tu estás aí... Se eu te peço para ouvir... Tu estás aí... Mas o teu corpo não é tudo o que quero... Ando azeda (dizes...)... Penso nisso... Penso nessas palavras que doem e talvez seja verdade... Talvez queira saber da tua alma, talvez queira saber o que sentes... o que pensas... talvez queira saber mais de ti... Talvez seja só egoísmo... Se calhar é mesmo só egoísmo... Quero-te... Quero que me dês mais mas eu não te dou nada! Talvez esteja a testar-te e sei que isso é pura parvoíce... Que idiota!... Isto é como um ciclo vicioso... Tu estás mal... eu fico pior... tu continuas mal... e o nosso mundo rui!... Ou, eu estou mal, tu ficas pior... eu continuo mal... e o sonho desmorona...
Vamos ter uma filha, tu e eu, e isto assim não pode continuar... Tenho que ser capaz de ultrapassar isto... de quebrar este ciclo e avançar... Desculpo-me porque me sinto só mas eu sempre me senti assim. Não é desculpa, portanto... Os meus amigos também falham, ninguém é perfeito!... Eu também falho... também já falhei... e continuarei a falhar... Acho que é assim mesmo... Reconheço que me apetecia ter pessoas mais perto a quem visitar, pessoas que nos fossem queridas a ambos... Pessoas com quem ambos nos sentíssemos bem... AH!... Que vida!... Ando perdida nestes devaneios... Sozinha num pensamento, num sentimento que não sei descodificar... Tu não estás melhor... Entre nós começa a existir um fosso... Ainda há pontes a unir-nos... não quero que deixem de existir mas não posso, nem quero, ignorar o fosso, quero resolvê-lo... tratá-lo... talvez extingui-lo!... Acho que também queres o mesmo mas ambos desconhecemos o caminho por onde seguir... A nossa vida mudou... praticamente deixou de existir... Está longe de ser a que ambos desejamos mas não penso que está tudo perdido... Não me arrependo de nada... Ainda temos tanto para tentar... Tanto por que sorrir... Afinal de contas já lá vai muito tempo... Talvez não tenhamos tomado as decisões certas... talvez tenham sido fora do tempo... Eu sei e sinto que crio muitas barreiras e que teimo em ultrapassá-las rapidamente... Nem sempre isso é possível mas vamos sobreviver a isto... Vamos ser capazes de seguir em frente... Não o quero fazer sozinha... Vamos tentá-lo em conjunto, recuperando aos poucos o território abandonado... Não sei por onde começar... mas talvez seja melhor recuperar o diálogo, o tempo de antena...
Vou tentar por as mágoas de lado... Não te afastes mais de mim. Procura-me... diz-me... mostra-me... sente-me... Sem stresses... sem pressões... ama-me... eu vou procurar fazer o mesmo... peço-te que correspondas... farei o mesmo...
Afinal de contas... AMO-TE!
Esta é a única entrada sobre este tópico que aqui fica colocada... e será a última pois este assunto fica aqui encerrado!

sábado, março 17, 2007

BLOGS

A ideia do Blog era publicar palavras a desconhecidos mas a vontade de as tornar públicas entre os mais próximos venceu... Agora já não sei se foi boa ideia porque quem as lê vai questionar, vai querer saber mais... E nós, será que queremos responder às dúvidas? Será que queremos esclarecer alguém? Se calhar são só desabafos, uns do momento, instantâneos... outros já mais antigos... Mas quanto a discuti-los... essa vontade é pouco clara... nada científica.... muito misteriosa... e tímida!

SEM TÍTULO

Já não é de manhã... Mas parece... Ainda não almocei. Levantei.-ae cedo... Custou... O ar ensonado, os olhos remelosos e as pálpebras coladas... A voz rouca e o mau hálito conduzem-me à casa de banho...
Apetecia-me continuar a dormir mas não pode ser... E lá fui à minha vida... Agora tive um momento de paz...Quer dizer... estou aqui estatelada na minha rede brasileira, com um ventinho frio mas a pele nua dos braços ainda aguenta a brisa fresca... Claro que a Wica, a minha cachorra, não me dá muito sossego... Está aqui a correr de um lado para o outro soltando latidos aos transeuntes... De vez em quanto tenho de lhe lembrar que nas plantas não se mexe! Mas a ideia era aproveitar este bocadinho de "paz" e escrever...
Pensei um pouco e não me ocorre nada sobre o que falar... Tenho mil assuntos a pairar sobre a cabeça mas parecem-me todos ainda mal decididos, pouco esclarecidos... confusos... Ainda assim agarrei no papel e na caneta e aqui estou, na minha rede...
Estarei triste? Acho que estou mais melancólica , cansada... É Sábado e a casa precisa ser limpa, o pó acumula-se... é preciso tratar das roupas... É hora de almoço e ainda nem fiz a cama... mas levantei-me cedo... Descobri que rompi um pneu do carro... mais uma despesa imprevista...
O cérebro fica vazio de repente... não quero preocupar-me com nada... Talvez as coisas se resolvam em breve... Talvez tudo se acalme e as ralações diminuam... Hoje não quero saber... (minto!) O cárebro não está vazio... A preocupação é constante... Não quero pedir ajuda... Ninguém pode ajudar e ouvir já não é essencial... Deixem-me estar... Eu sei que estão por aí!...

quarta-feira, março 07, 2007

O tempo...

O tempo já não é o que era... Recordo-me que costumava passar lentamente e sem pressas... Agora, mal chega para respirar... Acho sempre que o tempo entre o trabalho e as horas essenciais de sono chega para cumprir as minhas tarefas e as minhas vontades mas, ou faço uma coisa ou a outra e, normalmente, não termino nenhuma! Melhor dizendo, se opto por trabalhar, começo por verificar o que tenho de fazer... depois passo à acção!... Nunca termino pois a cada instante que passa, a cada tarefa cumprida, vou somando outra... Outras vezes opto por fazer aquilo que me está mesmo a apetecer... Como é normal, cada pequena coisa que nos dá prazer fazer vai-se repetindo por mais tempo... entretanto o relógio não pára... As horas vão passando e... guess what?!... time's up! Hora de ir dormir... Mas como sabemos que são horas de dormir? Essa é fácil... quando a cabeça começa a caír e a pesar sobre o pescoço... Quando já não temos bem a certeza que as pálpebras passam mais tempo abertas que fechadas... É precisamente nessa altura em que seguimos sonâmbulos em direcção à cama... Ainda há lucidez para ligar o despertador e vestir o PJ mas, depois disso... apaga-se por uns pequenos instantes até o aparelho nos acordar novamente... Ao abrir os olhos sentimos que deveriamos ter ido dormir mais cedo.... Mas esta memória apaga-se durante o dia e à noite repetimos a atitude... Não é assim??? Fogo... Porque ainda não inventaram a máquina do tempo??? Quero férias prolongadas, daquelas em que o tempo demora a passar, daquelas em que a casa não se suja, a roupa se lava sozinha, se passa a ferro sem necessidade de sermos nós a fazê-lo... Quero férias sem trabalho... sem obrigações... só para descansar... Isso existe? Então por favor façam uma encomenda de uns dias disso para mim!

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Mimos ou falta deles!

Eu não sei como age a maior parte da população perante os seus amigos, colegas, vizinhos... Sei que eu, normalmente, sou o que gostaria que fossem para mim... faço o que gostaria que fizessem por mim... Na maior parte das vezes não espero retorno mas, nalgumas alturas... Sei lá... mimo nunca é demais!... Infelizmente as retribuições não são sempre o que gostaríamos que fossem... Sonhamos e depois a desilusão é maior... Aceito que à minha volta não pensem da mesma forma que eu... não ajam como eu... mas também acredito que colocarmo-nos do outro lado e fazer algo que o outro gostaria não seria assim tão difícil... Claro que só poderíamos fazer isso se conhecêssemos a pessoa, se soubéssemos do que gosta ou como gosta, ou até que importância dá a determinado acto... Mas eu até pensei que, à minha volta, alguns sabiam... Surprise! Surprise!!!
Nem tudo é exactamente como sonhamos... como idealizamos... como estamos à espera... E eu que estou sempre a dizer: "Detesto surpresas!"
Felizmente, há surpresas boas... Ainda há quem nos mime... Mas eu quero sempre mais...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Férias das férias!

A minha noção de férias vai-se modificando com o tempo...
Recordo-me que antes nem percebia qual a necessidade de ter férias, os fins de semana eram suficientes para recuperar o tempo que gastamos de forma menos interessante... Aliás, as férias chegavam a ser um suplício... Tanto tempo longe da actividade que levávamos a cabo com compinchas de brincadeira todos os dias... Depois, à medida que fui crescendo e que a escola se foi tornando mais importante, as férias começavam a ser cruciais para o relaxamento do cérebro... Descansar, dormir mais, deixar os livros na prateleira e não olhar sequer a mochila parecia ser muito gratificante... Deitar tarde... levantar mais tarde... Não fazer nada... Aliciante, não? Mesmo assim, nesta altura, ao fim de uma semana já havia vontade de regressar, rever colegas e amigos, partilhar os mais íntimos segredos... partilhar emoções e sentimentos que explodiam no peito a todos os instantes... Quando regressávamos à escola quase todos diziam que ainda era cedo... eu pensava que já estava farta de férias...
Chegou a universidade e aí é que as férias eram desesperantes... Longe de tudo e de todos... Longe de uma vida de independência que sempre ansiei... Não é que me incomodasse o regresso a casa, o que me incomodava era perder as outras coisas para ter apenas essa...
Mais tarde o primeiro emprego... A correria da nova vida começava por danificar o merecido descanso... A diminuição da componente social da nossa vida, a diminuição do tempo gasto em fazer apenas o que gostamos... Bem, começava a perceber a necessidade de existirem férias...
Hoje, com tantos encargos... o trabalho, a casa, a família... Tantas coisas exigem o nosos tempo... Pouco sobra para desfrutar como bem queremos... As férias tornam-se, então, na razão da sobrevivência... indispensáveis... Ou seja, a ideia é recomeçar cada dia de trabalho com a ilusão de que é um dia a menos para as merecidas férias... Depois, quando elas finalmente chegam, há que correr para se conseguir concretizar tudo aquilo que não se fez nos meses que já passaram... É um stress!... Mal damos por isso e já terminaram!...
De regresso à labuta só uma coisa me ocorre: Preciso de férias das férias!...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

O trabalho, o descanso e as insónias!

Uma lista interminável de coisas para fazer... Começa o contra-relógio... Os minutos passam à medida que cumprimos pequenas tarefas mas mal nos embrenhamos no serviço ficamos como que alienados e, quando voltamos a tem um vislumbre do relógio reparamos que não passaram apenas minutos... Já lá vão umas horas...
Hora de pausa... hora de alimentação... hora de ir dormir... Não há tempo para pausas! Come-se qualquer coisa rápido e acumula-se a louça na pia (noutro dia lava-se!)... ir dormir... essa ideia é um mero desejo que temos de guardar para mais tarde... para bem mais tarde...
Fizeram-se planos! Até às x horas devo ter isto, isto e mais aquilo pronto!... Às x horas nem 50% do que se supunha está terminado!... Vem o sono... o sono vai... Atolados em papel permanecemos ali, quase imóveis... O corpo reclama da posição ingrata e permanente... A cabeça implora por descanso... Já bem no que seria o meio do sono esticamos as pernas, os braços e num último esforço desiste-se!... Amanhã será pior! Até todas as tarefas estarem cumpridas! Num último suspiro seguimos em direcção à casa de banho... Mesmo antes de deitar lavam-se os dentes... De pijama vestido escorregamos para debaixo dos lençóis e encolhidos no edredon aguarda-se a visita do João Pestana... Não é que o sono não exista, o problema é mais grave... Com o cérebro a mil à hora procuramos relaxar e adormecer mas somos inundados de balões com pensamentos... notas (NÃO ESQUECER!!!!)... Os afazeres do dia seguinte... O que não se fez hoje... Abrem-se os olhos... habituados à escuridão do quarto ouvimos todos os sons, identificamos cada sombra... desejamos que o tempo passe rápido para acabar com o sofrimento, ou então que passe devagar para que quando formos capazes de dormir o descanso seja o suficiente... Os minutos passam... as horas também... Sempre o mesmo ritmo... Finalmente sem nos darmos conta adormecemos e o despertador toca!... O corpo dói, a cabeça recusa-se a aceitar o cansaço... Descansar é preciso... Mas antes disso há que levantar da cama porque um novo dia começou... Depois de lavada a cara e os dentes olhamos a escuridão bem por baixo dos nossos olhos e desejamos que um duche minimize as dores musculares e melhore o aspecto do rosto... Podemos sonhar, não!...