Olho à minha volta e descubro que os meus desejos se vão concretizando pouco a pouco... Apesar de tudo não estou satisfeita... Não me estou a queixar.... Ou melhor, até estou... Descobri que, embora fale pelos cotovelos, perdi a capacidade de me fazer compreender... Parece que já não sou capaz de exprimir-me.... As palavras não saem... E as dicas não chegam para que me entendam... Tenho estudado a minha vida.... Percebo que talvez tenha errado algures (ainda não descobri bem onde!)... Ao fim deste tempo todo era natural sentir a presença de algumas pessoas à minha volta... Para minha infelicidade apercebo-me que não está lá ninguém... Os amigos que fiz, que tanto prezo, estão longe de mim... Desconhecem o que se passa comigo por não me verem... Os outros, parecem-me não existir... ou melhor, parecem pouco existir.... Não gosto de sentir isto desta forma... Quero mudar esta realidade... Não sei como... Espero recuperar as minhas capacidades e ser capaz de, mais uma vez, criar laços especiais, sentir-me bem para impor a minha presença, ser capaz de, abertamente, informar acerca do que penso, do que sinto... Estarei a ser idiota? Será este sentimento apenas uma consequência destes meses de reclusão? Sinto-me perdida... Mas também não sei quem quero que me encontre... Queria acordar um dia e perceber que à minha volta estão os amigos de sempre, com o à-vontade de sempre... com os sorrisos de sempre... Detesto surpresas, já tinha dito? Mas ainda detesto mais o desconhecido, a incerteza... a interrogação! Quero-me de volta! Segura, confiante, capaz... Onde me encontro?...
sexta-feira, julho 13, 2007
Dúvidas
Como estás? Estou bem, acho... não tenho certeza... A solidão afecta-me... afecta-me mais não saber porque chora a minha filha... desespera-me não ser capaz de descobrir o que tem... Talvez seja suposto que os bebés chorem e nem sempre a gente consiga calá-los... Mas isso não é estranho?... Mil recomendações... ais-lhe pegar ao colo cada vez que chora? Estarás a criar vícios... Depois será pior... Como é que um ser tão pequenino, tão frágil, pode tornar-se tão rude? Tenho dificuldades em acreditar... A experiência dos outros não é a minha... E mimo, e amor, nunca são demais... Apresar deste impulso o medo é maior... Como dazer se os vícios vencerem? Como lidar com isso no fim? Depois não haverá volta... Nada a fazer... Tantas dúvidas e incertezas... A cabeça doi de não dormir o suficiente... Dizem-nos descansa e dorme enquanto ela dorme... Mas e quando pudemos fazer aquelas coisas que gostamos? Bem, prefiro não dormir mas sei que eventualmente o cansaço toma conta de mim...
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