segunda-feira, janeiro 22, 2007

Mimos ou falta deles!

Eu não sei como age a maior parte da população perante os seus amigos, colegas, vizinhos... Sei que eu, normalmente, sou o que gostaria que fossem para mim... faço o que gostaria que fizessem por mim... Na maior parte das vezes não espero retorno mas, nalgumas alturas... Sei lá... mimo nunca é demais!... Infelizmente as retribuições não são sempre o que gostaríamos que fossem... Sonhamos e depois a desilusão é maior... Aceito que à minha volta não pensem da mesma forma que eu... não ajam como eu... mas também acredito que colocarmo-nos do outro lado e fazer algo que o outro gostaria não seria assim tão difícil... Claro que só poderíamos fazer isso se conhecêssemos a pessoa, se soubéssemos do que gosta ou como gosta, ou até que importância dá a determinado acto... Mas eu até pensei que, à minha volta, alguns sabiam... Surprise! Surprise!!!
Nem tudo é exactamente como sonhamos... como idealizamos... como estamos à espera... E eu que estou sempre a dizer: "Detesto surpresas!"
Felizmente, há surpresas boas... Ainda há quem nos mime... Mas eu quero sempre mais...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Férias das férias!

A minha noção de férias vai-se modificando com o tempo...
Recordo-me que antes nem percebia qual a necessidade de ter férias, os fins de semana eram suficientes para recuperar o tempo que gastamos de forma menos interessante... Aliás, as férias chegavam a ser um suplício... Tanto tempo longe da actividade que levávamos a cabo com compinchas de brincadeira todos os dias... Depois, à medida que fui crescendo e que a escola se foi tornando mais importante, as férias começavam a ser cruciais para o relaxamento do cérebro... Descansar, dormir mais, deixar os livros na prateleira e não olhar sequer a mochila parecia ser muito gratificante... Deitar tarde... levantar mais tarde... Não fazer nada... Aliciante, não? Mesmo assim, nesta altura, ao fim de uma semana já havia vontade de regressar, rever colegas e amigos, partilhar os mais íntimos segredos... partilhar emoções e sentimentos que explodiam no peito a todos os instantes... Quando regressávamos à escola quase todos diziam que ainda era cedo... eu pensava que já estava farta de férias...
Chegou a universidade e aí é que as férias eram desesperantes... Longe de tudo e de todos... Longe de uma vida de independência que sempre ansiei... Não é que me incomodasse o regresso a casa, o que me incomodava era perder as outras coisas para ter apenas essa...
Mais tarde o primeiro emprego... A correria da nova vida começava por danificar o merecido descanso... A diminuição da componente social da nossa vida, a diminuição do tempo gasto em fazer apenas o que gostamos... Bem, começava a perceber a necessidade de existirem férias...
Hoje, com tantos encargos... o trabalho, a casa, a família... Tantas coisas exigem o nosos tempo... Pouco sobra para desfrutar como bem queremos... As férias tornam-se, então, na razão da sobrevivência... indispensáveis... Ou seja, a ideia é recomeçar cada dia de trabalho com a ilusão de que é um dia a menos para as merecidas férias... Depois, quando elas finalmente chegam, há que correr para se conseguir concretizar tudo aquilo que não se fez nos meses que já passaram... É um stress!... Mal damos por isso e já terminaram!...
De regresso à labuta só uma coisa me ocorre: Preciso de férias das férias!...

quarta-feira, janeiro 03, 2007

O trabalho, o descanso e as insónias!

Uma lista interminável de coisas para fazer... Começa o contra-relógio... Os minutos passam à medida que cumprimos pequenas tarefas mas mal nos embrenhamos no serviço ficamos como que alienados e, quando voltamos a tem um vislumbre do relógio reparamos que não passaram apenas minutos... Já lá vão umas horas...
Hora de pausa... hora de alimentação... hora de ir dormir... Não há tempo para pausas! Come-se qualquer coisa rápido e acumula-se a louça na pia (noutro dia lava-se!)... ir dormir... essa ideia é um mero desejo que temos de guardar para mais tarde... para bem mais tarde...
Fizeram-se planos! Até às x horas devo ter isto, isto e mais aquilo pronto!... Às x horas nem 50% do que se supunha está terminado!... Vem o sono... o sono vai... Atolados em papel permanecemos ali, quase imóveis... O corpo reclama da posição ingrata e permanente... A cabeça implora por descanso... Já bem no que seria o meio do sono esticamos as pernas, os braços e num último esforço desiste-se!... Amanhã será pior! Até todas as tarefas estarem cumpridas! Num último suspiro seguimos em direcção à casa de banho... Mesmo antes de deitar lavam-se os dentes... De pijama vestido escorregamos para debaixo dos lençóis e encolhidos no edredon aguarda-se a visita do João Pestana... Não é que o sono não exista, o problema é mais grave... Com o cérebro a mil à hora procuramos relaxar e adormecer mas somos inundados de balões com pensamentos... notas (NÃO ESQUECER!!!!)... Os afazeres do dia seguinte... O que não se fez hoje... Abrem-se os olhos... habituados à escuridão do quarto ouvimos todos os sons, identificamos cada sombra... desejamos que o tempo passe rápido para acabar com o sofrimento, ou então que passe devagar para que quando formos capazes de dormir o descanso seja o suficiente... Os minutos passam... as horas também... Sempre o mesmo ritmo... Finalmente sem nos darmos conta adormecemos e o despertador toca!... O corpo dói, a cabeça recusa-se a aceitar o cansaço... Descansar é preciso... Mas antes disso há que levantar da cama porque um novo dia começou... Depois de lavada a cara e os dentes olhamos a escuridão bem por baixo dos nossos olhos e desejamos que um duche minimize as dores musculares e melhore o aspecto do rosto... Podemos sonhar, não!...